.
.
.
encantada saboreio o travo novo
a bátega de brilhos em sintonia.
encantada sigo e, creio, mesmo enlouquecida
pois do nosso tempo não consta a leveza eterna.
encandeada por pouco tempo, bem o sei,
sigo convencida do lastro e dos rumores
aquietados sob a vibração do gesto.
sigo ansiosa ante a pulsação do ombro
onde nasce o amplo peito o ágil pulso
ramo onde poiso onde me permaneço
aninhada, no avesso do dia-a-dia
— desordenadas que também as horas vão.
sigo poiso permaneço-me e te sinto:
sentir-te é a metáfora mais certa.
o desalinho dos olhos exige espaço.
o desencontro de vidas espera-nos, terno,
pois sabe que somos herdeiros do espanto
ao longo dos amealhados tempos longos.
o desabrigo dos corpos abre, em nós, a dança
miudinha requebrada enlouquecida.
encantada saboreio o travo novo
luminosa, uno-me em pulsação, em ombro
nasço em teu peito ágil nasço-me em ramo
onde poiso me permaneço e te consolo.
.
.
encantada saboreio o travo novo
a bátega de brilhos em sintonia.
encantada sigo e, creio, mesmo enlouquecida
pois do nosso tempo não consta a leveza eterna.
encandeada por pouco tempo, bem o sei,
sigo convencida do lastro e dos rumores
aquietados sob a vibração do gesto.
sigo ansiosa ante a pulsação do ombro
onde nasce o amplo peito o ágil pulso
ramo onde poiso onde me permaneço
aninhada, no avesso do dia-a-dia
— desordenadas que também as horas vão.
sigo poiso permaneço-me e te sinto:
sentir-te é a metáfora mais certa.
o desalinho dos olhos exige espaço.
o desencontro de vidas espera-nos, terno,
pois sabe que somos herdeiros do espanto
ao longo dos amealhados tempos longos.
o desabrigo dos corpos abre, em nós, a dança
miudinha requebrada enlouquecida.
encantada saboreio o travo novo
luminosa, uno-me em pulsação, em ombro
nasço em teu peito ágil nasço-me em ramo
onde poiso me permaneço e te consolo.
.
.
.
maria toscano.
em Coimbra, na Casa Verde. a 5 Abril / 2012.
Sem comentários:
Enviar um comentário