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na hora da discrição do encontro
saber deslizar a mão rente a teu pulso
deixar que o magnetismo da madeira
agrave a solidez do movimento.
demorar, atentamente, olhos e dedos
na quase fusão, na onda implacável
ver o chispar do toque iluminado
ser o branco incansável da pele.
saborear o odor o halo o salivar
escorrendo entre o que dizes e calas.
sorver o teu denso e inconsciente
modo de acordar o denso mundo.
sorver-te intensamente. ser-te a taça
aonde virás a reavivar-te, amor.
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maria toscano.
Coimbra, (C)Asa Verde, 28 Abril/ 2012.
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