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"sob o signo pagão da branca lua" — soneto
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sob o signo pagão da branca lua
acendo no universo rosas vermelhas
entremeadas pelos teus olhos veludo.
devém rubro o rosário das madrugadas.
sob o signo do sorridente e nostálgico
arquear da sobrancelha no face-a-face
no frente-a-frente aos teus olhos espelho
alumio o universo com a chama pura.
sob o signo do ritual mais privado
do mais íntimo habitáculo do cosmos
ministro o aconchego em doses doces
governo, dos brancos leites, o encantamento
pelos gestos da inesperada geisha
em que me deixas cintilando à luz da lua.
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maria toscano.
Coimbra, (C)Asa Verde, 28 Abril/ 2012.
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