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Carérrimos sulmouravindos
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(em tempo deflacionante, inflacionemos a Amizade)
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a Sulmouradia está em obras
por uns... dias- ... zitos.
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Passeiem-se e vadiem à vontadinha
mas
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não se assustem com "os apertos"
(gráficos, bem entendido).
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agora vou com Cronos... el laburo...
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mt, 1 Fevereiro / 2009
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mas não vou
sem
antes
Vos deixar uma Pérola
"perduradoura"
da/na Nossa Poesia:
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Balada do Roer dos Ossos - maria toscano Diz Jorge de Sena (guia 1) - Jorge de sena por mariatoscano
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para ouvir a leitura de todo o Poema, clicar aqui .
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Balada do Roer dos Ossos
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Jorge de Sena
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Roer um osso — humano, se possível,
é um sonho português de sobrevida,
após anos e anos de despirem
com os olhos as mulheres que no Rossio
por diante deles passam e das mãos
movendo-se contínuas pelo bolso
das calças mais viris da cristandade.
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Roer um osso — humano, se possível,
de mãe, de pai, de irmã, de tio ou prima,
de amantes ou de esposas, filhos, netos,
ou de inimigos ou de amigos mesmo,
ou do vizinho em frente, ou dum retrato
só visto no jornal, ou criatura
desconhecida inteiramente — um osso.
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Roer um osso — humano, se possível,
mas pode ser de vaca ou de carneiro,
ou porco ou gato ou cão ou papagaio,
ou à sexta-feira bacalhau ou peixe
em espinhas esburgadas que recordam
o rosto doce ou monstruoso odiado
na vénia às Excelências brilhantinas.
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Roer um osso — humano, se possível,
seja fingido mesmo, de borracha
para durar mais tempo que não passa,
ou de cimento pra quebrar-se os dentes
no gozo de moê-lo cuspinhado
(e o pensamento em furibunda mão
que excita ansiosa as impotentes raivas).
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Roer um osso — humano, se possível,
é o sonho português de sobrevida.
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11 comentários:
muito me admiraria se estivesses sossegada.......
com que então pr'a vadiagem?
boa!
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um beijo
GRM: ora pois, então, eu nã tenho mais nadica p fazeri! :-)
- foi ontem que se acabaram as avaliações e, hoje, já começou a planificação do 2º semestre, pois as aulinhas são já ao virar da esquina, digo, do domingo
:-)
mas ainda bem! é bom sinal, nos tempos que correm...
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Obrigada pla visitinha (vim só mesmo responder aos comentários).
Grata, mt
Há ossos muito duros de roer...
Jorge de Sena tinha uma ironia e lucidez muito próprias. Adorei ouvi-la dizer o poema. Um beijo.
Cara Graça Pires:
"ó s'há!"
:-)
(ossos duros de roer)
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Grata pelas suas palavras motvadoras (é uma 1.ª guia; acho que a leitura a meio perde força, melhor, a entoação não é a melhor: mas isto é um projecto-em-construção, para ir fazendo e refazendo, como as Melhores Coisas da Vida, não será?
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A Si!
mt
devagar se vai ao longe e eu sei que lá chegarás ... ao fim de projecto perfeito
entretanto ... vai lá dar uns arejos de stôra qu'agente dêxa e aguenta os tés cavales
bejes ,litle/big Mary Têzinha
Cara: GRM: a "je" agradece.
(e, a "je", nã tem outra hipótese... tem de "sêri")
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(ah!!!! e !!!! este blogue está caótico, com linhas fora de sítio.. e... e... GRRRRR, o html está todo... desconectado, o que também tem de ficarê p "óspois"; as desculpas... )
e
o Abraço!
da mt
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Grata pla visita (só vim responder ao comentário)
bjs, Maria Gabriela!
Cara amiga, o blogue está a ficar bem melhor...
Gostei de roer o osso do Jorge de Sena... eheheh... belo poema.
Bom fim de semana.
Beijo.
Pois eu gosto de visitar uma casa em construção para apreciar depois, a obra "fêta" ( olá, saiu-me em dizer alentejano...) Pois a paisagem que irá ficar lembrou-me logo o além-tejo..
Mas gostei sobretudo de ser recebida por poema tão bom e vozes tão claras e firmes! Parabéns e se for precisa uma mãozinha de fim de semana para arrumar a casa... sim, só para isso, porque para isso de correcções de trabalhos e preparações de aulas , já dei !!!
Bom fim de semana.
Caro Nilson Barcelli: Bem Haja! (teve mesmo azar, aqui, apanhou com "engarrafamentos" e "apertos" gráficos; sim, creio que, agora, já se respira melhor; até me caíu cá (não um osso: esse "puze-o", nã caíu, ehehehe) uma árvorezinha :-)
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Grata pelo seu Ouvido para o Sena! e sim, é um dos belos poemas Dele.
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um Abraço!,
mt
Cara Fernanda f.m. : pois, arrumar a casa eu até gosto... porque será que ninguém ajuda nas outras coisas (correcc.. aul..) nâ percebo!
:-)
GraTa, Fernanda!
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beijinhos, mt
Cara Fernanda f.m. : pois, arrumar a casa eu até gosto... porque será que ninguém ajuda nas outras coisas (correcc.. aul..) nâ percebo!
:-)
GraTa, Fernanda!
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beijinhos, mt
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