.
.
.
.
num pergaminho de plumas
encontro meu coração
couraçado por chuvas, olhos
ou convertido em missal
de fé e santa benção
.
.
.
.
num pergaminho de linho
reencontro meu coração:
é de cristal cristalino
é de barro feito à mão
de estanho do tempo antigo
e de muita comoção
.
.
.
.
num pergaminho sem ninho
aninho o meu coração
solta penas........ rios de sonho
palavras de oração
mas resguarda-me do asilo
que é viver sem emoção.
.
.
Donostia/San Sebastian, 1994
.
.
.
.
maria toscano, "a madre da casa da Avó", p. 19
In a madre da casa da avó / os nomes infinitos do ser.
Coimbra, Pé de Página, 2002.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário