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quarta-feira, agosto 10, 2005

ANÓSIA (SONETO 2 - A AFRODITE ANADIÓMENA),

de Jorge de Sena

Que marinais sob tão pora luva

De esbranforida pela retinada?

Não dão volpúcia de imajar anteada

a que moltínea se adamenta ocuva?

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Bocam dedetos calcurando a fuva

que arfala e dúpia de antegor tutada,

e que tessalta de nigrors nevada.

Vitrai! Vitrai! Que estamineta cuva!

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Labiliperta-se infanal a esvebe,

agluta, acedirasma, sucamina,

e maniter suavira o termidodo...

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Que marinais, dulcífima contebe,

ejacicasto, ejacifasto, arina...

Que marinais tão pora luva, todo

Sem comentários:

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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