Central Blogs
. Licença Creative Commons
sulmoura de Maria Toscano está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Baseado no trabalho disponível em http://sulmoura.blogspot.pt/.
Mostrar mensagens com a etiqueta crise global. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta crise global. Mostrar todas as mensagens

domingo, março 18, 2012

A ARTE É AMEAÇADA NA COLÔMBIA

.
.
.
A ARTE É AMEAÇADA NA COLÔMBIA
( pf, clicar aqui )  
.
“Que tempos são esses, quando/
 falar sobre flores é quase um crime.
 (...)."
 Bertolt Brecht
.
( para saber elementos mais actuais, pf clicar aqui )
.


sexta-feira, outubro 01, 2010

24 horas pelo combate à pobreza e exclusão social: 6Outubro2010, Av. Aliados, Porto

.
A Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal(REAPN) encontra-se a promover,
em parceria com várias entidades da cidade do Porto
uma Iniciativa denominada
24 horas pelo combate à pobreza e exclusão social,
que terá lugar no dia 6 de Outubro de 2010,
na Avenida dos Aliados (Porto).
.
.
No âmbito desta Iniciativa decorrerá
uma Mostra Social, uma Feira da Saúde, uma Marcha e um concerto nocturno,
para além de muitas outras actividades paralelas em cafés e bares da baixa portuense.
.
.
Esta Iniciativa visa sensibilizar a opinião pública em geral
para as questões da pobreza e exclusão social
no ano em que se assinala o Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social.
.
.
Participe. Não fique indiferente!
.
.
.
.
Fátima Veiga
Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal
Rua Costa Cabral, 2368
4200-218 Porto
T. + 00351 22.5420800
www.reapn.org
.
.

domingo, julho 25, 2010

"A Obesidade Mental" de Andrew Oitke — por João César das Neves - 26 de Fev 2010

.
.
".
O Prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»
.
O problema central está na família e na escola.
.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»
.
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:
.
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.
A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»
.
O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
.
«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
.
Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
.
«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve.
Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».
.
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
.
«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo.
Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam.
É só uma questão de obesidade.
O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
Precisa sobretudo de dieta mental.» .
."

segunda-feira, março 30, 2009

Max Gehringer - A Executiva

.
A Executiva
.
Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou-se. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso Portal.
.
Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos camisolões e caminhando despreocupadas. Sem entender bem o que estava acontecendo, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:
.
- Enfermeiro, eu preciso voltar com urgência para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque meu convénio médico é classe A, e isto aqui está me parecendo mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
.
- No céu.
.
- No céu?...
.
- É.
.
- Tipo assim... o céu, CÉU...! Aquele com querubins voando e coisas do género?
.
- Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.
.
Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando telemóvel), a executiva bem-sucedida custou um pouco a admitir que havia mesmo “apitado na curva”.
.
Tentou então o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas avançadas de negociação, de que aquela situação era inaceitável. Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bónus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.
.
E foi aí que o interlocutor sugeriu: - Talvez seja melhor você conversar com Pedro, o encarregado.
.
- É? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
.
- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
.
- Assim? (...)
.
- Pois não?
.
A executiva bem-sucedida quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.
.
Mas a executiva tinha feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rápido:
.
- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e...
.
- Executiva... Que palavra estranha. De que século você veio?
.
- Do 21. O distinto vai me dizer que não conhece o termo 'executiva'?
.
- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
.
Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali no paraíso aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão empresarial. Logo, com seu brilhante currículo tecnocrático, a executiva poderia rapidamente assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
.
- Sabe, meu caro Pedro, se você me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Basta olhar para esse povo todo, só na conversa e andando à toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para fazer um upgrade na "produtividade sistémica".
.
- É mesmo?
.
- Pode acreditar, porque tenho PHD em "reengenharia de processos". Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que a gente sabe quem é quem aqui, e quem faz o quê?
.
- Ah, não sabemos.
.
- Entendeu o meu ponto de vista? Sem controle, há dispersão. E dispersão gera desmotivação. Com o tempo isto aqui vai acabar numa anarquia. Mas nós dois podemos resolver tudo isso implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.
.
- Que interessante...
.
- É claro que, antes de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma funcional, nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.
.
- !!!...???...!!!...???...!!!
.
- Aí, contrataríamos uma consultora especializada para nos ajudar a definir as estratégias operacionais e estabeleceríamos algumas metas factíveis de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do Grande Accionista... Ele existe, certo?
.
- Sobre todas as coisas.
.
- Óptimo. O passo seguinte seria partir para um "downsizing progressivo", encontrar "sinergias high-tech", redigir manuais de procedimento, definir o "marketing mix" e investir no desenvolvimento de produtos alternativos de alto valor agregado. O "mercado telestérico", por exemplo, parece-me extremamente atractivo.
.
- Incrível!
.
- É óbvio que, para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board de altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa assim de salário anual de seis dígitos e todos os fringe benefits e mordomias de praxe. Porque, agora falando de colega para colega, tenho certeza de que você vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar num "Turnaround radical".
.
- Impressionante!
.
- Isso significa que podemos partir para a implementação?
.
- Não. Significa que você terá um futuro brilhante.... se for trabalhar com o nosso concorrente. Porque você acaba de descrever, exactamente, como funciona o Inferno...
.
Max Gehringer
.
( in Revista Exame)
.
mt, Grata a AM
.

"...só poderá levar ao aparecimento de adultos anti-sociais, com ideias fixas, passivos, fanáticos e pobres em forças de compaixão e criatividade".

.
Pedagogos internacionais condenam computadores 
na educação infantil
.
O mundo da pedagogia continua em busca ávida de soluções remediativas adaptadas aos tempos. 
.
Por último tivemos uma educação dedicada ao hediondo culto da raça, que em Portugal encontrou expressão, durante o período totalitário fascista, na famigerada "Mocidade Portuguesa" decalcada da Juventude Hitleriana da Alemanha nazi. 
.
Agora, apesar dos vastos conflitos puramente humanos que afligem a classe docente, tenta-se uma solução electrónica-totalitária para o ensino: a distribuição em massa de 500.000 minicomputadores "Magalhães" (na realidade, um plagiato do projecto visionário da OLPC Foundation, usando uma versão modificada dos minicom-putadores "Classmate" americanos da Intel) por todo o ensino básico.
O empreendimento foi anunciado como uma "revolução para a educação em Portugal" e um projecto "sem igual no mundo", sendo que a máquina é apresentada como autêntica janela para o futuro e para a vida das novas gerações. Esta experiência não possui entretanto qualquer qualificação pedagógica prévia, e numerosas realidades acerca dos seus efeitos catastróficos para um saudável desenvolvimento das crianças nos primeiros anos escolares permanecem desconhecidas para pais, professores e o grande público. 
.
O tema já foi estudado em profundidade em inúmeras universidades e comunidades educativas em todo o mundo, revelando resultados assombrosos.
.
Em Nova Iorque, conforme foi descoberto que muitos alunos estavam a usar os seus minicomputadores para enviarem para os seus camaradas de classe soluções para exames, ou descarregarem filmes pornográficos, e até interferirem perturbadora-mente no comércio local, foram apertadas as medidas de proibições internéticas. Mas rapidamente as crianças conseguiram contornar as proibições técnicas elementares, e ainda publicaram na internet o método para outras fazerem o mesmo.
.
Além disso, em dias de provas, a rede de internet sofria colapsos por causa dos milhares de alunos que tinham os olhos cravados em seus mini-ecrãs. Assim, a exemplo de muitas outras escolas, as autoridades decidiram recolher as máquinas, devido a demonstrarem ser uma decepção educacional.
.
Outras autoridades atestaram que após setes anos não havia qualquer evidência de um impacto positivo sobre o rendimento escolar, sendo que os computadores tinham provocado sobretudo uma dispersão para a aprendizagem. 
O abandono dos computadores durante trabalhos escolares e o crescente uso abusivo para fins particulares, mais a insuficiente preparação dos professores e os enormes encargos financeiros, forçaram por fim os próprios professores a boicotar o seu uso.
.
Também um estudo do Departamento Nacional de Educação dos EUA demonstrou que não havia diferença no sucesso académico entre estudantes que anteriormente usaram, ou não, programas computorizados para a aprendizagem das disciplinas mais críticas: a matemática e a leitura.
.
Uma pesquisa realizada pelos Drs. Clotfeiler, Ladd e Vigdor, da Harvard University, entre quase um milhão de alunos, revelou que os melhores resultados em matemática e leitura foram alcançados por crianças que não tinham acesso a computadores em casa. 
.
Entre alunos com computadores, o acesso à internet não revelou quaisquer benefícios adicionais. Além disso, os resultados indicaram que o acesso livre a computadores em casa resultaria contra-produtivo para os esforços de reduzir as disparidades raciais, sociais e económicas entre os alunos.
.
Uwe Buermann, colaborador científico do Instituto Ipsum e docente de Ciências Computacionais em Kiel, sublinhou que os meios electrónicos presentes na vida de uma grande parte da população infantil são cada vez mais ingenuamente considerados pelos pais como brinquedos, tornando-se assim algo que as crianças podem usar a bel-prazer. Conforme elas mostram depois uma aparente habilidade superior à dos adultos para lidar com semelhantes "brinquedos", muitos pais e educadores ficam confortados e deixam de interessar-se pelos seus efeitos negativos, imaginando que são coisas inofensivas e infantis. 
.
Entretanto, inúmeros estudos rigorosos já atestaram que o convívio prematuro de crianças em idade primária com computadores e tecnologias de comunicação, impede de maneira notável o desenvolvimento de muitas capacidades e habilidades, sendo precisamente essas crianças que posteriormente sofrerão de uma limitação nas suas chances pessoais e profissionais, ficando dependentes para o resto da vida.
.
Nas escolas, cada vez mais crianças mostram debilidades do tipo Distúrbio de Hiperactividade e Défice de Atenção (DHDA). 
.
A neurobiologia já atestou que em numerosos casos trata-se de danos psicológicos e orgânicos derivados do consumo de meios electrónicos na primeira fase da infância. 
.
A frase "Os computadores ensinam as crianças a lidar com computadores" é muito popular entre os apóstolos pró-digitais, mas imaginar que isto já constitui uma preparação para a vida constitui uma ilusão bastante elementar. 
O que as crianças em idade pré-pubertária realmente aprendem com os computadores é a mera manipulação dos mesmos, o que não deve ser confundido com uma com-petência medial. 
Uma verdadeira competência medial exige suficiente capacidade de auto-avaliação para o uso individual de qualquer aparelhagem, mais uma criatividade bem desen-volvida, e ainda um saudável discernimento crítico acerca dos conteúdos – coisas que as crianças só alcançam mais tarde.
.
Na Universidade de Munique, um estudo sobre o meio-ambiente computacional familiar e escolar, realizado pelos Drs. Fuchs e Woessmann com o patrocínio da Volkswagen, concluiu que a mera presença de um computador em casa está negativamente relacionada com o rendimento escolar. 
A existência de computadores na escola demonstrou uma relação insignificante com o desempenho geral dos alunos. 
.
A disponibilidade da internet na escola mostrou inicialmente algum efeito, mas o mesmo degradava-se rapidamente conforme aumentava o número de visitas internéticas por semana. 
O estudo veio confirmar anteriores pesquisas internacionais que já haviam determinado resultados decepcionantes para os computadores, em termos de rendi-mento educacional. 
Os autores acabaram por concluir que, onde quer que os computadores sejam aplicados para substituir outros tipos de instrução, quem sai prejudicado é o aluno.
.
Entre muitos pais e educadores, espalhou-se a crença de que deixar crianças em frente
de qualquer aparelho de televisão, vídeo, etc. contribuirá pelo menos para torná-las mais aptas para lidar com computadores e outros aparelhos, quando mais tarde entrarem para a escola.
.
Os Drs. Zimmerman e Christakis, da University of Washington, atestaram pelo contrário que as populares séries de vídeos infantis estão a fazer mais mal do que bem, especialmente para crianças com dificuldades de desenvolvimento da linguagem. 
.
As crianças sofrem um efeito exactamente inverso, deixando de aprender novos vocábulos. Esse resultado negativo, mesmo quando os programas vêm apresentados como educativos, foi verificado também na Faculdade de Medicina da University of New Mexico. Os pesquisadores emitiram uma condenação categórica: a exposição prematura de crianças a programas audiovisuais só pode produzir o aparecimento de uma geração de crianças hiper-estimuladas e posteriormente deficitárias em termos de concentração.
.
Na Universidade Tufts de Massachusetts, o Dr. Elkind estudou durante muitos anos o desenvolvimento de crianças, verificando que a habilidade lúdica (brincadeiras e divertimentos naturais) está simplesmente a desaparecer, sob o efeito conjugado de meios electrónicos e actividades sedentárias, e ainda uma crescente pressão dos educadores para que alunos do nível básico mostrem cada vez mais rapidamente resultados de cariz académico. 
Para milhões de crianças, a infância passou a designar um período da vida confinado a quatro paredes. Até jardins de infância estão a ser cada vez mais transformados em verdadeiras escolinhas academificadas, onde as crianças são prematuramente tratadas como mini-adultos, sendo até submetidas a testes elementares e recebendo tarefas para casa.
.
"Os efeitos sobre a posterior vida escolar e académica são desastrosos. Ao lidar com ciências e matemática, por exemplo, as crianças sentem-se mais tarde empobrecidas em termos de imaginação e criatividade", comentou o Dr. Elkind. 
.
Também o Dr. Bob Marvin, na University of Virginia, salientou que décadas de pesquisas já demonstraram que as brincadeiras e as puras vivências fora das salas de aula são aquelas que colaboram mais decisivamente para as futuras habilidades académicas adultas, e para uma competência de aprendizagem para o resto da vida.
.
No Depto. de Ciência de Computação da Universidade de São Paulo, o Dr. Valdemar Setzer vem estudando há muitos anos o tema dos Meios Electrónicos e Educação (ver o interessantíssimo livro com o mesmo título, ISBN 8586303917). 
Consultado acerca do projecto Magalhães, ele declarou que semelhante medida resultará quase só inútil, ou altamente prejudicial para crianças e adolescentes. A distorção introduzida no modo de pensar, aliada aos factores mais comummente discutidos, como a perda do tempo para actividades livres, os perigos da internet, e a falta de um auto-controlo que só se alcança mais tarde, acabam por prejudicar o rendimento escolar. 
Durante a última Multiconferência Mundial sobre Sistemia, Cibernética e Informática ele referiu como a totalidade do mundo educativo, a nível internacional, está hoje carente de uma profunda reforma, reforma essa que deve instituir uma intensificada humanização, e não a introdução de cada vez mais tecnologia. 
.
O tema pode ser consultado em "www.ime.usp.br/~vwsetzer/pals/palestras" que contém extenso material em língua portuguesa.
.
O que está em causa não é só a perda da habilidade de escrever à mão, ou a necessidade de milhões de crianças em breve terem que usar óculos para compensar a deterioração da visão.
.
O fenómeno do uso irrestrito de meios electrónicos entre as crianças na fase pré-pubertária equivale a uma verdadeira deturpação do nosso universo infantil, uma vez que os imensos danos psíquicos e orgânicos provocados a longo termo ocorrem precisamente durante os delicados primeiros passos da formação das almas infantis, prejudicando-as definitivamente no seu desenvolvimento harmónico e saudável. 
.
Conforme o Dr. Setzer comentou com palavras rigorosas e desabridas: "Isto só poderá levar ao aparecimento de adultos anti-sociais, com ideias fixas, passivos, fanáticos e pobres em forças de compaixão e criatividade".
.
( para mais desenvolvimentos, clicar no título deste post, aqui e aqui ; mt, Grata a AM)
.
já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
.
faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
.
chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
.
nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
.
como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
.
ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
.