.
O teu corpo cheira a fruta madura,
liberta da folhagem, sem amarras,
tombada sem garras sobre o meu colo...pura!
.
No ar, apenas um gemido da árvore
abrindo o ventre em trabalhos de parto,
num carpido de amor, apaixonado,
num discreto rumor aconchegado.
.
Lentamente,
vou descascando-te com os dedos
e enquanto desbravo os íntimos segredos
sinto a tua polpa - quente - regar-me a mão.
.
O teu corpo... cheira a fruta madura
no meu desejo ardente,
no meu desejo quente de Verão!
.
João Morgado, In: Dordamor (no prelo)
Sem comentários:
Enviar um comentário