há um verso que se abre
em borboletas
em caules. enraizado
na calma.
.
um verso desfolhando-se
em silêncio
em serena tropelia reanimado
em canículas de espera
carinhosa
aninhado - um verso envolto
no xaile. ao colo. da expectação.
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.
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há um verso imenso. imenso imenso. imenso.
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amarelo, ao sol
vermeho, à lareira
branco e luminoso ao luar
- um verso envolvente
salutar
verso de todos os gestos e elementos
verso de todos os astros
e esponsais
verso dos espaços todos
cardeais ou rasos - fractal
verso antiquário do gérmen
da poesia.
.
.
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há um verso. e sangra
em cada mãe.
.
uma câmara oculta
respeitosa
a perseverar na busca da alegria
4 comentários:
Encontraremos sempre um verso em tudo oque nos rodeia é essa a tua condição! Leio-os os teus poemas em voz alta e ouço-te...
abraço
Anónimo/a: não respondo a comentários anónimos; se coontinuar, bloqueio os seus comentários. Só aviso uma vez.
Fui anónimo sem querer! Eu sou o
Zé Marto,
um vadio terno e irónico
sisudo de lágrima fora,
triste por riso
quando está por dentro
a véspera que se demora.
sou eu um vagar e uma manhã
um risco, ou um traço
uma palavra que aberta arda
no calor das mãos
o sumo de uma laranja
ou bago de romã
:-)
já te enviei um correio a pedir desculpas...
:-(
Obrigada!
mana t
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