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domingo, agosto 24, 2008

as velas ardem até ao fim - de Sándor Márai, D. Quixote, 2001 (1.ª ed. Hungara: 1942)

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Escrito com grande mestria, este livro é uma belíssima homenagem à amizade. Merece ser lido e relido, quer pela densidade e criteriosa técnica da escrita, quer pela provocação que faz ao leitor.
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O que mais saliento na obra? O final inusitado, ou seja: a última terça parte do livro.
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Sándor Márai - Legenda Biográfica
(1900- 1989) na actual República Checa: foi um Escritor e Jornalista que escreveu sempre em Húngaro e (auto?)-exilou-se nos EUA desde o fim da Segunda Grande Guerra. Tem vindo a ser "descoberto"-traduzido por cá desde 1999, do mesmo modo que apenas terá começado a ser traduzido em inglês na década de 90. 
Temos de conhecer as suas passadas, desde a novela e diários, até à poesia (cf. http://en.wikipe dia.org/wiki/Sándor_Márai).
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Existe tradução portuguesa das suas obras seguintes:
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As Brasas (1999);
O Legado de Eszter (2001);
Veredicto em Canudos (2002);
Divórcio em Buda (2003);
Rebeldes (2004)
Confissões de um Burguês (2006) e
De Verdade (2008)
todos pela Companhia das Letras.
e ainda
A Mulher Certa (2007), pela Dom Quixote.
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maria toscano, Junho e Agosto / 2008
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Sem comentários:

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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