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quinta-feira, julho 16, 2009

Antonio Fais (br) - Manual do Bom Leitor

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"Não sei se você gosta de dançar. Não sei se você dança bem. Em minhas aulas, aprendi que quem conduz na dança é o homem. Na prática, percebi que toda vez que a mulher, mesmo dançando melhor, tenta fazê-lo, o resultado é desastroso.
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A condução feminina se dá de uma maneira delicada e sutil, de desejos suaves, e cabe ao bom cavalheiro saber ler e atender a esses anseios. Esses pedidos se dão em entrelinhas e, quando não atendidos, obrigam a dama a tentar conduzir. Não há aqui um culpado, mas sim uma falta de sintonia e sincronismo.
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Na escrita e na leitura, o escritor é o cavalheiro, o leitor a dama. Cabe ao bom escritor saber ler de antemão os desejos do leitor, para, da melhor forma possível conduzi-lo no salão de nossa imaginação, bailarem ambos por horas a rodar pelo salão. O leitor tem que confiar em seu parceiro, entregar-se em seus braços por inteiro e deixar-se levar noite adentro, sem tentar conduzi-lo ou olhar ao redor para ver quem mais dança pelos salões.
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Um bom cavalheiro sempre deixará sua dama, no momento certo, sonhar e expressar seus desejos, com a mão firme por detrás das costas dar-lhe-á dicas de que caminho a seguir. A mão, firme, no entanto, tem de ter sensibilidade suficiente para apurar os desejos das costas, das pernas e pés, e todo o resto para, em comunhão, inventarem novos passos e caminhos.
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Há arte quando não se é mais cada um, cada um e sim uma terceira pessoa; onde não mais existe dama ou cavalheiro, nem danças ou livros.
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Assim é a dança, assim é a leitura, assim é a vida".
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(para ler as Crónicas do
e/ou saber mais sobre o
Autor,
clicar aqui e aqui, pf).
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mt agradece a AF, daqui "da Suiça"... eh eh eh
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Sem comentários:

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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