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sexta-feira, setembro 25, 2009

Uma ditadura perto de nós - por Joaquim Letria

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NÃO HÁ A CERTEZA de que uma ditadura corra perigo de morte quando lhe secam as fontes de rendimento. Do que há a certeza é que um ditador vive muito mais confortavelmente com fontes de rendimento a jorrar-lhe para os bolsos.
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As razões são simples. A disponibilidade de dinheiro abundante permite ao ditador subornar as elites vinculadas ao regime, anestesiar a consciência crítica de sectores importantes da sociedade e, quando há ânsia de alargar o poder para além das próprias fronteiras do regime, manter estados vassalos e comprar as respectivas consciências mais convenientes no poder.
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A ausência de dinheiro e de rendimentos confortáveis aumenta a necessidade de criar e manter um estado policial mais ou menos eficiente, cujo propósito mais importante é vigiar quem está perto do poder e agitar um forte aparelho de intimidação capaz de infligir um temor paralisante em todos os sectores da população.
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Todas as ditaduras fazem isto ou algo parecido, compensando a sua própria incompetência repressiva com dinheiro para comprar lealdades e financiar o populismo redistributivo. Enfim, todos nós conhecemos este fenómeno e envolventes circunstâncias, mais perto ou mais longe de nós. Mas por que razão estou eu a pensar e a escrever isto, não me dizem?!.
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«24 horas» de 24 de Setembro de 2009
Joaquim Letria in sorumbátco

Sem comentários:

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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