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possa essa mão
remir
a contínua levada
de crueldades e
humanas omissões
.
possa essa mão
sentir
a textura o som
o tempo o espaço e
a calidez
imensos
sem baços vazios
.
— tudo o que cintila
tudo o que arrepia
sorve respira sopra
rasga
ou, tão só,
caminha.
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possa essa
tua
mão
remir
a perfídea.
e a iniquidade
humanas
ao toque de vida
da beleza.
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ao suave toque
de um poema.
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maria toscano.
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Madrid, "Café & Thé", 14 Janeiro / 2010
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