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sou o caule que acalenta o arrojo.
sou o assalto, o mais menor encontro.
solto as cadeias a gestos inquietos.
percorro estranhas enseadas de oceanos.
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sirvo as nervuras do pão amansado.
nego o oco podre às côdeas do tempo.
amasso o despojo. invento, ajo o gozo.
sirvo o espasmo sempre que me ousas ser.
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salvo intensamente a todos, sem ressalvas.
desdobro o vulcão aceso em brasas e mãos.
alço, expando, atalho e permaneço:
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fruir o pagão corpo, ser-lhe a nobreza.
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maria toscano.
Coimbra, 17 Maio / 2004.
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