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onde — naquele dia, em tempos idos —
onde o suspenso se silenciou?
onde pousámos os gestos contidos
as calmas vozes que a emoção adiou?
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onde os resguardos — do encanto tido
pelos dedos — que o encanto desafiou?
onde a mão da mão dada? onde o perigo
da ilesa queda no um que se amou?
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onde desaprendemos os sorrisos,
a inocente graça dos sentidos
que, enleados em tempos, nos enleou?
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onde machucámos os destinos
pois, da luta rubra que utopimos,
só o mastro da bandeira restou?
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maria toscano.
Aveiro, 4 Fevereiro/1998
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