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senhor, tu que o brilho à vida dás,
cuida desse amor desacertado.
sopra-lhe brisas, constantes sais,
afaga-lhe o peito descentrado.
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senhora do ar todo — todo o chão —
senhor cantor das palavras calmas
rega com alvas lavas o vulcão
desse amor preso em negras almas.
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senhor do tanto, do tudo, do agora
confirma teus gestos generosos
teu tempo que foi sem se ir embora
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senhora desses momentos preciosos
da ave cristalina, sem demora
acolhe a seus olhos meninosos.
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maria toscano.
Coimbra, 28 / Dezembro / 1998.
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