.
.
.
às janelas
propositadamente
os vasos.
.
erguem-se pelos ramos
verdes e laços saídos de vasos coloridos
ou floridos erguem-se
avisam quem passa que
detrás da vidraça
há um tempo de seiva
regendo e regando
regado à pouca luz.
.
às janelas
propositadamente
acomodam-se candeeiros brinquedos
a abrir o lar à convivência do olhar
abrem o olhar à intimidade da casa
.
as janelas. propositadamente
simetrias contidas, como as casas
severas disposições, como as pessoas
contudo, expostas, abertas ao de fora
propositadas si-me-tri-ca-men-te,
servem a rua
servem casas pessoas e fronteiras
limiares do de dentro acolhendo o de fora
vidraças abertas pelo vidrado à luz
fracos watts pelas lâmpadas pelo céu
plenam o branco de todas as paredes.
.
são iluminadas. todas.
as casas.
.
pálidas não fogosas
guardam
como a luz, a sombra
por igual
.
.
.
dirias tu, ó do Sul / que não há luz.
erroneamente.
nota-se, até, a ausência do sombrio
.
ténue é
a claridade do todo, interior:
propositadamente
exala-se pelas janelas
a constância dos rumores da vista
a presença
suave continuada
do sereno estar-em-casa em Lund
— na casa
fronteira entre alma e mundos
onde, à janela, propositadamente
flores da alma fermentam o pão da luz.
.
.
.
maria toscano
24 Abril / 2001.
no Hotel Aparta de Lund, na Suécia.
.
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às janelas
propositadamente
os vasos.
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erguem-se pelos ramos
verdes e laços saídos de vasos coloridos
ou floridos erguem-se
avisam quem passa que
detrás da vidraça
há um tempo de seiva
regendo e regando
regado à pouca luz.
.
às janelas
propositadamente
acomodam-se candeeiros brinquedos
a abrir o lar à convivência do olhar
abrem o olhar à intimidade da casa
.
as janelas. propositadamente
simetrias contidas, como as casas
severas disposições, como as pessoas
contudo, expostas, abertas ao de fora
propositadas si-me-tri-ca-men-te,
servem a rua
servem casas pessoas e fronteiras
limiares do de dentro acolhendo o de fora
vidraças abertas pelo vidrado à luz
fracos watts pelas lâmpadas pelo céu
plenam o branco de todas as paredes.
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são iluminadas. todas.
as casas.
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pálidas não fogosas
guardam
como a luz, a sombra
por igual
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dirias tu, ó do Sul / que não há luz.
erroneamente.
nota-se, até, a ausência do sombrio
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ténue é
a claridade do todo, interior:
propositadamente
exala-se pelas janelas
a constância dos rumores da vista
a presença
suave continuada
do sereno estar-em-casa em Lund
— na casa
fronteira entre alma e mundos
onde, à janela, propositadamente
flores da alma fermentam o pão da luz.
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maria toscano
24 Abril / 2001.
no Hotel Aparta de Lund, na Suécia.
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