.
.
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depois de darmos um ao outro
o silêncio
— nossos silêncios e segredos partilhados —
chegará a vez de ombrear na rota
momento de escolher a palavra curta
a densa palavra onde estamos mas resguardamos
por respeito aos azulejos e pintassilgos.
depois do silêncio partilhado
da passada / do olhar e / do perfume
chegará, meu amor, a vez do branco
o instante do pulsar, encandeados
pelo brilho do fado por fazer.
por isso, meu amor, fala baixinho
roça-me o destino o pescoço e, a meus ombros,
despe-os do peso do futuro
amaldiçoado a esperar.
por isso, meu amor, o melhor, mesmo,
— enquanto o solfejo marca fundas inspirações —
o melhor é continuarmos unidos
pelo silêncio onde tudo se pode
pois nele o branco fado brilha, sem mais.
.
maria toscano.
Coimbra. Galeria Santa Clara. 29 Fevereiro / 2012.
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depois de darmos um ao outro
o silêncio
— nossos silêncios e segredos partilhados —
chegará a vez de ombrear na rota
momento de escolher a palavra curta
a densa palavra onde estamos mas resguardamos
por respeito aos azulejos e pintassilgos.
depois do silêncio partilhado
da passada / do olhar e / do perfume
chegará, meu amor, a vez do branco
o instante do pulsar, encandeados
pelo brilho do fado por fazer.
por isso, meu amor, fala baixinho
roça-me o destino o pescoço e, a meus ombros,
despe-os do peso do futuro
amaldiçoado a esperar.
por isso, meu amor, o melhor, mesmo,
— enquanto o solfejo marca fundas inspirações —
o melhor é continuarmos unidos
pelo silêncio onde tudo se pode
pois nele o branco fado brilha, sem mais.
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maria toscano.
Coimbra. Galeria Santa Clara. 29 Fevereiro / 2012.
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