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pela outra Língua venho tacteando a alegria das flores.
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é um começo, quando o poema nasce
a espreitar no el de allá
a insinuar-se no sí de allí
a roçar-me no besame mucho
é um milagre, digo mesmo, uma devassa
da compostura das mãos sobre o teclado
um arrepio das coxas desprevenidas e atacadas
de sopetón, pelo bandoneon
pelos acordes e os revolteados saltos e passos
um arrepio porque a imagem entra na memória
onde se aloja o registo físico do que é a pele.
pela outra Língua venho, deliciada,
aflorando os teus lábios de gaivota
libando o teu salivar rosa
sorvendo o recanto dessa boca
onde volto, depois, a pousar o cravo
o vermelho e vivo cravo que aí habita
enquanto respirares em liberdade.
.
pela outra Língua, a roçar o tango
vim dar à viela que te fadou em Abril:
ó meu Amor de esperas aguentadas
ó meu Povo, amante das metáforas,
toma-me nos braços
toma estes braços que
não podem
esperar
mais
por
.
maria toscano.
Coimbra, (c)asa Verde, 24 Abril / 2012.
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pela outra Língua venho tacteando a alegria das flores.
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é um começo, quando o poema nasce
a espreitar no el de allá
a insinuar-se no sí de allí
a roçar-me no besame mucho
é um milagre, digo mesmo, uma devassa
da compostura das mãos sobre o teclado
um arrepio das coxas desprevenidas e atacadas
de sopetón, pelo bandoneon
pelos acordes e os revolteados saltos e passos
um arrepio porque a imagem entra na memória
onde se aloja o registo físico do que é a pele.
pela outra Língua venho, deliciada,
aflorando os teus lábios de gaivota
libando o teu salivar rosa
sorvendo o recanto dessa boca
onde volto, depois, a pousar o cravo
o vermelho e vivo cravo que aí habita
enquanto respirares em liberdade.
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pela outra Língua, a roçar o tango
vim dar à viela que te fadou em Abril:
ó meu Amor de esperas aguentadas
ó meu Povo, amante das metáforas,
toma-me nos braços
toma estes braços que
não podem
esperar
mais
por
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maria toscano.
Coimbra, (c)asa Verde, 24 Abril / 2012.
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