este foi o 1.º poema que escrevi, aos 11 anos de idade.
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escrevi-o de um jorro — leia-se: seguido, corrido, de uma assentada.
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por todas as razões e mais nenhuma, gosto muito dele.
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Uma certa maneira de viver
Sempre que uma guerra perco
eu ergo a minha bandeira
feita de luta e canseira
feita de espanto e arrogância
com um sabor à alegria
mais o medo e a tristeza
que trago dentro da esperança.
Em cada dia que vivo
eu construo o meu destino.
Em cada gesto que faço
eu teço o meu pensamento
num tempo de acordar, lento,
em cada manhã que nasço.
Porque este tempo e este espaço
não é o canto da lareira
nem a hora do jantar:
é o lugar onde eu renasço
depois da morte-frieira,
é um tempo de acordar.
Que a verdade há-de, um dia,
ser a porta da alegria
— hoje é porta da aventura
enquanto a mentira dura.
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maria toscano
Coimbra, Abril de 1974.
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escrevi-o de um jorro — leia-se: seguido, corrido, de uma assentada.
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por todas as razões e mais nenhuma, gosto muito dele.
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Uma certa maneira de viver
Sempre que uma guerra perco
eu ergo a minha bandeira
feita de luta e canseira
feita de espanto e arrogância
com um sabor à alegria
mais o medo e a tristeza
que trago dentro da esperança.
Em cada dia que vivo
eu construo o meu destino.
Em cada gesto que faço
eu teço o meu pensamento
num tempo de acordar, lento,
em cada manhã que nasço.
Porque este tempo e este espaço
não é o canto da lareira
nem a hora do jantar:
é o lugar onde eu renasço
depois da morte-frieira,
é um tempo de acordar.
Que a verdade há-de, um dia,
ser a porta da alegria
— hoje é porta da aventura
enquanto a mentira dura.
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maria toscano
Coimbra, Abril de 1974.
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4 comentários:
Gostei muito. É um primeiro cheio de força e garra. Parabéns.
Nota-se alguma ingenuidade própri da idade, mas já existem alguns traços de poeta...
Beijo, querida amiga.
:-) pois nota, sim, Caro Nilson :-) até algum militantismo social :-); Obrigada!
Benó: muito obrigada! (lamento mas esqueci-me totalmente de vir moderar os comentários aqui do blogue :-( Obrigada! mt
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