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Baseado no trabalho disponível em http://sulmoura.blogspot.pt/.

quarta-feira, agosto 10, 2005

Helios Buira
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La Revista de Arte
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ANÓSIA (SONETO 2 - A AFRODITE ANADIÓMENA),

de Jorge de Sena

Que marinais sob tão pora luva

De esbranforida pela retinada?

Não dão volpúcia de imajar anteada

a que moltínea se adamenta ocuva?

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Bocam dedetos calcurando a fuva

que arfala e dúpia de antegor tutada,

e que tessalta de nigrors nevada.

Vitrai! Vitrai! Que estamineta cuva!

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Labiliperta-se infanal a esvebe,

agluta, acedirasma, sucamina,

e maniter suavira o termidodo...

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Que marinais, dulcífima contebe,

ejacicasto, ejacifasto, arina...

Que marinais tão pora luva, todo

«CONHEÇO O SAL...»

. Conheço o sal da tua pele seca

depois que o estio se volveu inverno

da carne repousada em suor nocturno.

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Conheço o sal do leite que bebemos

quando das bocas se estreitavam lábios

e o coração no sexo palpitava.

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Conheço o sal dos teus cabelos negros

ou louros ou cinzentos que se enrolam

neste dormir de brilhos azulados.

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Conheço o sal que resta em minhas mãos

como nas praias o perfume fica

quando a maré desceu e se retrai.

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Conheço o sal da tua boca, o sal

da tua língua, o sal de teus mamilos,

e o da cintura se encurvando de ancas.

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A todo o sal conheço que é só teu,

ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,

um cristalino pó de amantes enlaçados.

jorge de sena

memória Posted by Picasa

quinta-feira, agosto 04, 2005


poetas-zaguan@eListas.net Posted by Picasa

a artesã do desengano

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maria toscano
à Capella, Coimbra
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apresentação do livro ( Pé-de-Página editores)
12 de Novembro de 2003

Margarida Cepeda, Libertando (Maio de 2003)

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«Como fazer perdurar este dia .

.para todo o jamais?».

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.Mário Furtado (8 Julho 2005).

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DEL AMOR PRESENTE
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Descubrir
tu voz de enredadera
anudarse a mis ojos
vueltos hacia la noche
y el rastro de tu boca,
sombra que se detiene en el misterio
de mi cuerpo desnudo.
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Descubrir que te amo
después de haberte amado.
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Long-Ohni (Buenos Aires, 2004)
OF THE UNREPEATABLE // Happens that this night / can be the first / the last / or the only one / and me, not understanding / that maybe is / the first / the last / or the only one / in which that rumor of turned off wind / has adate / with the eyes of a cat. // Long - Ohni // Tradução: Fiona Hepe
DIE UNVERZEIHLICH // Diese Nacht / wäre die Erste Enzige / läzte oder Münzige / und ich vehrstehe gar nix / die erste die einzige oder gar nix / oder alles / dieser komische Wind / zusammen mit der Katze / macht dass: / Lirbe im Kanonenrohr / kommt leider nur selten vor! // Long - Ohni // Tradução: Rodolfo Meier
SULL'IRRIPETIBILE // É che questa notte / puó essere la prima, / l'ultima, / o l'unica / e io senza capire / che forse sará / la prima, / l'ultima / o l'unica / in cui quel rumore di vento / svogliato /e gli occhi di un gato / s'incontrano. // Long - Ohni // Tradução: Silvia Favaretto
DE L`IRREPETIBLE // Est-ce que cette nuit / puisse être la première / la dernière / ou l`unique /et moi sans comprendre / que par hasard elle soit / la première / la dernière / ou l`unique / dont la rumeur du vent a contrecoeur / et les yeux d´un chat / se rencontrent. Long - Ohni / Tradução: Ana Perera
DO IRREPETÍVEL // É que esta noite / pode ser a primeira, / a última / ou a única / e eu sem compreender / que talvez seja / a primera, / a última / ou a única / na que esse rumor de vento desgostoso / e os olhos de um gato / se encontram . Long - Ohni // Tradução: Valeria Duque dos Santos

el olvido es el hueco de la memoria

. (citando de memória a Breton: Solo El Amor es La Verdadera Revolución)

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Tágides, Ninfas morenas, me lo confiaron

cuando El Tagus aún era una torrentera~

de ambrosia y de néctar

de jazmín

y oliva azul

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«el olvido es hueco de la memoria, ¿viste?

(calláte ahora, guardátelo en tus adentros)» ~

¡cuántas maneras he intentado para decir lejos!

¡cuántas hogueras he ahogado con estos labios!~

¿ cuántos los perezosos fuegos que intenté erguir a mano

y llevarlos conmigo al destino más Alto?

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hoy es ahora, acá, aquí, en el presente.

siempre así fue, pero yo, me lo olvidé:

esta mañana bajé a ese río de entonces

pasé a pié - secos mis dedos:

sólo en la sangre

otros reconocieron mi elemento

que ayer olivaba mis manos, nuestros peces,

ése, el azul jazmineando nuestros labios.

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caen dos gotas de néctar rojo,

primero beso.

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quedémonos juntos sin olvidar,

Amor-Memoria.

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Maria Toscano (Portugal, Coimbra 9 Setembr0 2004)

. Correcção da 1ª. versão - Língua Espanhola: Long - Ohni (Argentina, 10 Junho 2005)

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..outra componente do cenário (de Carlos Croft)..
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. .de "a árvore das flores amarelas": ..
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...a noite..
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Posted by Picasa
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. . . . . .."a árvore das flores amarelas": .
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...cenário de Carlos Croft (perspectiva); . .
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. .a fada (Joana) vigia o universo..
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Posted by Picasa
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. . "el olvido es el hueco de la memoria" . . . .maria toscano. . Posted by Picasa
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Graça Vasconcelos (à direita) e Maria Toscano .
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(créditos: Mário Furtado) .
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Posted by Picasa

a árvore das flores amarelas - LONGHONI

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."a árvore das flores amarelas" de Long-Ohni (Argentina, 2004) .
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tradução; adaptação dramatúrgica e encenação (work in progress: maria toscano.
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telões do cenário: Carlos Croft /desenho e operação de luz: Rui Simão
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adereços (pássaros): Cris e Nuno
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Direcção Técnica: Jorge Ribeiro
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Especialista em Electrónica: António Mingocho.
. oficina de teatro torgasdapedrabranca - ismt .
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.Agosto 2004.
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Posted by Picasa .

eclipse Posted by Picasa

pessoa Posted by Picasa

cravos vermelhos Posted by Picasa

segunda-feira, agosto 01, 2005

como eras antes — Claudio Gutiérrez

Como eras antes .
Yo te hice taciturna,pero cuando volvás
venite sonora, como eras antes,
con risas y ocurrencias y arrebatos
y espontánea alegría y curiosidad infinita.
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Yo te hice reservada
y te obligué a medir las palabras
y a filtrar tus impulsos más auténticos
con el pudor prudente del respeto.
Pero cuando volvás, te necesito impertinente,
que interrumpás mis algoritmos y teorías
con tu magia y realidad.
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Yo te hice fría, pero cuando volvás
venite cálida, con encanto de sonrisa abierta
e impulsos quemadores de distancias,
y tu entusiasmo original por la vida y la gente.
Cuando te tenga de nuevo
te quiero agresiva, ardiente y locuaz
como eras antesde que yo te cambiara.

. Claudio Gutiérrez.
(Poeta contemporâneo da Costa Rica), IN Colores del ocaso
Agosto del 2005
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margarida cepeda

colheita - Painel 2 (Janeiro de 2003)
entrega - Painel 1 (Janeiro de 2003)

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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