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segunda-feira, março 20, 2006

Gabriela Rocha Martins - iniciática, rosa

.

a rosa iniciática

18 de Março de 2006

o verso agita-se / Na

.mão direita

.afinam-se os instrumentos

.Os poetas

.contemplam a noite Dos amantes

.restam.

.

.voos

.Sentados

.os corpos esperam

.a orquestra vestida a rigor

.O glamour das damas pavoneia as asas do pavão

.ferido de morte

.Silencia-se

.a contemplação das faces

.percorridas por libidinosos desejos

.Os dedos nas cordas dos instrumentos náuticos

.tocam o sopro do vento

.pianíssimo

.nas veias abertas

.das gitanas estrofes

.Tambores rufam

.no conforto das emboscadas africanas

.Moda

.São Carlos Paris Scalla Nova Ioque

.o coito da mulher

.( burka ou o casto

.amor )

.abafado

.no desassossego das coifas

.púbicas

.de velhas ninfas sonhadoras

.Fashion

.o poema do solista

.solto na partitura anorética

.o POETA

.louco

.

.

. http://palaciodasvarandas.blogspot.com/

2 comentários:

António Simões ,Augusto Mota e Gabriela Rocha Martins disse...

devolvo a palavra ao deserto
a que a palavra fertiliza

no Vale do Drâa

( metáfora de longínquas memórias e/ou o beijo grato )

emedeamar disse...

Lhasa no CD "Llorona" canta:
"he venido al desierto/
para irme de tu amor/
que el desíerto es más tierno.../
(...)
he venido a ese centro/ ~
de la nada pà gritar (...)

PORQUE EL ALMA PREDEN FUEGO/ CUANDO DEJA DE AMAR"

de outros desertos (?)
a mesma palavra
fecunda...


(a canção é Belíssimaaaaaaaaaaaa! a não perderrrrr)
GraTa

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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