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quarta-feira, março 01, 2006

toco tu boca... - do argentino J. Cortázar

RECORDANDO FRIDA KAHLO, LA PINTORA, Clemente Arce
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.Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano,como si por primera vez mi boca se entreabrieray me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mì para dibujarla con mi mano en tu cara y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.
Me miras de cerca me miras cada vez màs de cerca y entonces jugamos al cìclope, nos miramos cada vez màs de cerca y los ojos se agrandan, se acercan entre sì se superponen y los cìcoples se miran, repirando confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un silencio . Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo,acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuvièramos la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos de fragancia oscura. Y si nos mordemos el dolor es dulce y si nos ahogamos en un breve y terrible absorver simultáneo del aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mì como una luna en el agua.
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"desde graciela" - Julio Cortázar
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Legenda Biográfica - Julio Cortázar (1914-1984)
Reconhecido Escritor Argentino (nascido na Bélgica, filho de argentinos, tendo o pai sido diplomata). 
Após os estudos -  de Professor (Primário, aos 18 anos; e Professor Normal em Letras, aos 21 anos), aos 37 anos abandona a Argentina (onde residia desde os 4 anos de idade) em ruptura com a Ditadura. 
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Desde então, assume publicamente a posição política de defesa da libertação da latina-américa face às ditaduras e muda-se para Paris (França) onde residirá e trabalhará como tradutor (Unesco) até morrer de leucemia. 
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Mestre do conto e do romance, salientam-se - da sua obra grande e diversificada que integra ensaio, análise literária, poesia e poesia dramática -  o romance conhecido como "Rayuela" - "O Jogo da Amarelinha (1963) - e os seus múltiplos livros de contos, desde 1951 até aos anos 80.
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Significativa do valor e impacto da sua Obra é a proliferação de documentários e de representações teatrais que os seus livros motivaram, a que se juntam mais de 20 películas cinematográficas a que os mesmos deram origem - como o exemplificam as realizações de "Blow-up" (1966, por Michelangelo Antonioni); "Week-end" (1967, por Jean-Luc Godard); "Monsieur Bébé" (1974, por Claude Chabrol), de entre outros cineastas de diferentes origens culturais como de escolas cinéfilas.
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maria toscano, Março/2006

2 comentários:

Andreas Luján disse...

No sabía de tu blog. Lo he recorrido de forma rápida y he podido constatar que es completamente María Toscano. Regresaré a no muy tardar por aqui.

Abrazos, José Daniel

P.D.: Graciela y tú estaís muy guapas...

emedeamar disse...

!hola!
bienvenidooooooooooo
sea con comentários
sea con regalos para yo publicar acá
autorizados debidamente, por supuesto...
:-)

ah! ?las dos estamos guapas?
pues... yo creo que SOMOS, y no un ESTADO, ?viste?
:-)))))
Graciasssssss, hasta luegoooooooooo
aguardo por poema tuyo, o otro contributo que te apetezca

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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