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domingo, maio 06, 2007

TUDO O QUE VOCÊ VÊ É LIGUAGEM,O verbal e o visual - Por Marcela Sousa Coelho Pinheiro

A linguagem é o nirvana da arte, ou seja, é a forma plena de expressão, pois utilizamos as suas formas e suas estruturas, bem como as sonoridades das palavras nos textos e, sendo assim, os signos lingüísticos nos proporcionam um grande léxico de significação na língua. Partindo desse mesmo viés é que tomamos a consciência de que tudo no mundo gira em volta da linguagem.
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O capitalismo, desenfreado, embutiu a informação de que a imagem é tudo, ou seja, a aparência, a superficialidade passam a ser mais importantes do que a forma plena da expressão humana – a linguagem. Podemos analisar a palavra – informação através do seu prefixo “in” (dentro de) e “forma” (dentro dos moldes, enquadrado a), e, portanto, o seu verdadeiro significado é estar dentro de uma forma. É justamente o que a mídia faz com a linguagem: poluindo-a com o excesso de informação, e homem vai sendo moldado, fragmentado, pelo sistema e fazendo com que perca sua espinha dorsal, isto é, a consciência da linguagem.
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A linguagem é o que se aproxima mais do que venha a ser o homem e de sua essência; portanto, é através dela que os nossos sonhos e pensamentos são estruturados. É bom lembrarmos que a imagem sem a linguagem não é nada, mas a linguagem sem a imagem é tudo.
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Agora me parece propício analisarmos o quadro de Leonardo da Vinci, Mona Lisa, cuja descrição só é possível se inserida numa linguagem a qual nos proporciona seu entendimento e, portanto, a obra de da Vinci não se fixa somente na parte visual, mas em uma conexão do visual com a linguagem, ou seja, a linguagem da arte.
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O homem não escolhe se quer ou não estar no plano lingüístico: ele já nasce inserido nele; portanto, toda a natureza humana é permeada pelo pensamento que logicamente é permeado pela linguagem. Por isso, o homem não é natural e sim artificial. Pois é através da linguagem que o homem faz sua mediação com a realidade. Agora entendemos o porquê: a linguagem é a "morada do ser".
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Sem comentários:

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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