ditosos
os que sabem o BI
o CN, o NIB
e os 4 asteriscos.
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ditosos
os que usam bifocais
calos nos passos frios
dedos frieiras.
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ditosos os que não escondem
as brancas
e escondem as broncas dos outros.
superiores
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sereis ditosos sempre que vos
enviarem um fax
de que sabeis o remetente
e o codex postal de cor.
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sereis ditosos sempre que vos
fizerem spam
e accionardes a actualização do anti-virus.
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sereis ditosos
se em nome da indignação
fordes invectivados
ameaçados ou seduzidos
e, cordatamente
- digo: assertivamente -
ditosos vos mantiverdes:
Fiéis do Sistema.
e Ámen.
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maria toscano,
Coimbra, a 7 fevereiro de 2008
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o lazer o sonho o prazer
são luxos a que não te podes dar
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este aqui e agora de pausa
o repouso acordado o descanso
à noite
não te competem
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nem o luar
nem o sol
são
para ti.
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aliás
nem sequer se percebe
o que fazes tu
aqui.
vivo.
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maria toscano, Coimbra, Café Santa Cruz, 27 Set/ 2007
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8 comentários:
Boa malha!
porque esta é a ditosa » pátria» a grande amada !
uma pessoa que ainda não é capaz de dizer país como Ruy Belo o disse, há muito tempo não merece nem a mátria que teve frateria que nunca soube dizer.... Merece o porreiro pá, em grande pose de político Rapazote !
poeme-mos com essas benditas ferramentas!
haja poesia ! um abraço zé marto
pS : nem merece o conto » que» da escritora Luisa Costa Gomes uma pérola bem desmontada dos »ques »
da língua patroa Zé marto
Amigo: confesso que não percebi muito bem todas as tuas metáforas ou indirectas... a ignorância é terrível! pois... mas Agradeço-TE o Tempo e A Palavra Amiga que me deixas!bjsss
Maria, não há indirectas repara no tom do teu poema.... falas em ditosos , tem ressonância de camões, nesta era, o que é interessante na tua linguagem são também as ressonâncias e referências explícitas do tecnológico para falar de »Pátria,» ditosos» ideia que abomino, depois as outras não se cumpriram , Ruy Belo falou em País , foi o primeiro, suponho, e este, o nosso agora também não se cumpre... É uma expiação....
Se te falo do »que» título de um conto de Luisa Costa Gomes, no livro, Setembro, é porque está lá uma estrofe, salvo erro , na qual contamos tantos »ques» que ficamos com a ideia, eu fiquei pelo menos que tudo é relativo! É a tal língua patroa, não é essa , na qual vivemos , quando a ela nos referem a ideia de Pátria ou nós a referimos... Camôes QUE CAMÔES, do qual Camões ... Não sei se te ocorre o mesmo, tudo é relativo...:::)
Falo sempre claro por que razão eu ia dizer uma indirecta a uma poeta como tu.... Achas!!! Eu sou igualzinho quando não percebo pergunto.... Li o teu registo fortemente irónico e ocorreu-me tudo aquilo... São recepções éticas e poéticas que são sempre diferentes... Eu li assim , pareceu-me isto.... Provavelmente não estás de acordo é um direito teu , ora essa, os poetas não se explicam , isso é trabalho para outros.... nunca uma só linha de um verso tem a mesmo valor quando recebido por n pessoas .... pois tudo é relativo:) QUE!
Mas descansa, não somos os únicos... um abraço poeta
JRMarto
Arredonda a saia ... vem ao terreiro.
Aqui há poesia !
Gostei
iv*
Bem Vinda!, Visitante com afinidades várias, ao que percebi
:-)
Volte sempre e Bem Haja!
se me é permetida a discordância se bem que arcaica , no meu dizer , arregaçm camisas e calças os homens e as mulheres levantam saias e assim é que há dança no terreiro ! jRM
não que seja arcaica... lamentavelmente, mas tão-«só» androcêntrica...
«neste» terreiro, e no do «me», vivemos de «outro» ponto de vista, quer dizer: «já demos» para o androcentrismo; mas que o hay, hay...
:-(
errata: no comentário anterior onde se lê «me» deve ler-se «eme»(de emedeamar, o outro)
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