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.As palavras que te envio são interditas
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até, meu amor, pelo halo das searas;
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se alguma regressasse, nem já reconhecia
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o teu nome nas suas curvas claras.
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Dói-me esta água, este ar que se respira,
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dói-me esta solidão de pedra escura,
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estas mãos nocturnas onde aperto
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os meus dias quebrados na cintura.
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E a noite cresce apaixonadamente.
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Nas suas margens nuas, desoladas,
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cada homem tem apenas para dar
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um horizonte de cidades bombardeadas.
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Eugénio de Andrade
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2 comentários:
Outra referência solar , de luz , de sul.... por ti aqui escrita , e o meu gosto de o ler em voz alta !
Abraço e venham mais cinco !...
zé Marto
são. entreditas
pelo que somos
em mãos.
as palavras que aqui deixas
são Amigas.
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GraTa, Zé!
mt
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