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O Giórgis está sentado no café; toma o seu café; não olha o mar.
Os camponeses vindimam as vinhas; - chegam até aqui as suas vozes.
O ferrador ferra um cavalo diante da forja.
Passou um carro carregado de tomate.
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Ele não sabe que fazer. O mar, claro, é azul,
e o sol, como sempre, sol. A ferradura,
pendurada na porta, tem seis furos vazios.
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Giánnis Ritsos. "Antologia."
Selecção, Tradução e Prefácio de Custódio Magueijo.
Fora de Texto, Coimbra, 1993, p. 34.
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