"Quanto mais vasto é o tempo que deixámos para trás de nós, mais irresistível a voz que nos convida ao regresso. Esta proposição tem o ar de uma evidência, e no entanto é falsa. O homem envelhece, o fim aproxima-se, cada momento torna-se cada vez mais querido e já não há tempo a perder com recordações. É preciso compreender-se o paradoxo matemático da nostalgia: o tempo do seu poder maior é a primeira juventude, quando o volume da vida passada é perfeitamente insignificante."
.
Asa, 2002. Tradução do francês de Miguel Serras Pereia, p. 68.
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário