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quinta-feira, fevereiro 26, 2009

voto

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odiar-te? não.
mal me chega a seiva de cronos para tal.
andando pelos sonhos adentro adentro
mal me sobram sementes do rancor.
dorme em paz, menina das vigarices,
mafiosa em ardis do desespero.
vazio olhar vagueias quando não escapas
e te somes na incúria e na inveja.
dorme em paz esta noite por uma vez
— é tudo, apenas, o que te desejo:
que possas, ao menos, uma só, na tua intriga
saborear o que de vida me habita 
desde sempre e até esse sempre.
desde sempre.e à eternidade.
.
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(a uma quase-pessoa que anda muito concentrada em tentar infernizar a vida de quem tem vida, fica o meu voto, aqui, deposto, por escrito.)
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maria toscano, 
Coimbra, 26 fev/2009
.

4 comentários:

Gabriela Rocha Martins disse...

odiar
.
te
?

a
ti
?

impossível
.
quem
se
atreveria

POETA
?


denuncio
.
o

e
fica


.
um beijo

Gabriela Rocha Martins disse...

insisto
persisto
não
consinto

maledicentes
mal
dizentes

contigo
?

escusa
!

escreve
esquece
POETA


.
um beijo

emedeamar disse...

beeemmmm, menos Um(a): é Bom! cada que Venha Sem Ódio (pode vir com "rancôri", com discordâncias —para animar a "coisa" — com exigências e com desinteresse, maaaaas sem ódio) è Bem-Vindo(a)!
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a grm (Éme Gê) já sabiamos, eheheheh: nã deste nehuma novidade. MAS O TEU BEIJO E O TEU TEMPO E A TUA INSISTÊNCIA, AH! "isso". OBRIGADA!
ponto.
e bêJÚ.
(Abraço, Gabriela!)
mt

emedeamar disse...

sim, GRM, sim!
tudo o que vale a pena: Viver + esses instantes em que (parece) que afloramos a Beleza...
:-)

Abraço!
mt

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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