(a A.M.O.)
com tantos átomos pelo espaço
logo neste recanto esmerado
teu poiso havia de fruir.
tantos espaços atomizados
— esquinas vãos e praças —
seria num natal de desconcerto
que o teu desconcertante desacerto
me atingiria
gestos confiantes apelos incitantes
vindo, sólido, para a entrega ileso
ilesa a entrega em magia. a valsa
enleadamente, alva magia.
teia do desconcerto, disse.
disse e diria
de teu poiso que queria o meu.
com todos esses espaços dourados
insisto-me no que só tu vês.
guardo, do natal, o Natal ornado
guardo o incenso e o chá.
fumo o não senso
enleadamente
teia do desconcerto
teu poiso
ainda a quer-me bem, como queria.
.
.
.
maria toscano. Coimbra, foyer do TAGV, 9 Janeiro/ 2000
.
Sem comentários:
Enviar um comentário