(a A.M.O.)
de costas, vejo a tua nuca teus ombros hirtos
lassos também
a visão de lado atenta astuta
a férrea e ainda doce mão
em bilros
recitação do desejo.
de costas, vejo as tuas costas
pela cintura caminho ao encontro de frisos do fogo lento
entregas. as chispas de que gostas
ateadas no cálido peito a peito.
de longe e de perto agora
respeito o silêncio a distância
gestos joviais alegres gestos
pura pureza demora
-me a esquecer na memória.
e já só quero fechar a tua ferida com beijos sem sais.
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maria toscano. Coimbra, foyer do TAGV, 9 janeiro/ 2000
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