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o milagre primeiro: eis o que importa
por entre dores destroços e tramas.
e digo primeiro, amor, mas, a bem dizer
trata-se do único o fulminante
o abençoado arrepio a unir,
a vibração a unir o que sopra
lateja voga e sacia.
o primeiro milagre, meu amor único
pois a lava, ao fundir-nos, nos amplia
imensos. íntimos dentro de cada um.
do milagre primeiro, meu único amor,
não tenho ainda plena memória
ainda não recordo todos os ciclos
ainda não revejo todos os tempos
mas sinto intuo saboreio e sei
a cadência o roçar o aroma
e o tom
a que acedo por minha afinada voz.
meu único amor, de tão puro e íntimo,
crê-me: nada mais importa.
por cada vulcão partilhado
o orvalho sublime a pele do poema
ungem-nos com os óleos da consolação.
pelas minhas mãos te envio
nestas palavras
sob a pretensa forma da metáfora
o lastro da suave sábia chama. e terna.
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maria toscano.
praia da Tocha. Café-Restaurante 'Avenida'. 6 Maio/2012.
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o milagre primeiro: eis o que importa
por entre dores destroços e tramas.
e digo primeiro, amor, mas, a bem dizer
trata-se do único o fulminante
o abençoado arrepio a unir,
a vibração a unir o que sopra
lateja voga e sacia.
o primeiro milagre, meu amor único
pois a lava, ao fundir-nos, nos amplia
imensos. íntimos dentro de cada um.
do milagre primeiro, meu único amor,
não tenho ainda plena memória
ainda não recordo todos os ciclos
ainda não revejo todos os tempos
mas sinto intuo saboreio e sei
a cadência o roçar o aroma
e o tom
a que acedo por minha afinada voz.
meu único amor, de tão puro e íntimo,
crê-me: nada mais importa.
por cada vulcão partilhado
o orvalho sublime a pele do poema
ungem-nos com os óleos da consolação.
pelas minhas mãos te envio
nestas palavras
sob a pretensa forma da metáfora
o lastro da suave sábia chama. e terna.
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maria toscano.
praia da Tocha. Café-Restaurante 'Avenida'. 6 Maio/2012.
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