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dá-me, agora, uma mão cheinha
uma mão inteirinha de consolo
plena, rasa de ondas pele e água
de revoadas das leves asas que guardas
as mesmas asas com que voas de madrugada.
dá-me, amor. agora. na minha mão
o dedilhar da ternura harmoniosa
o caminhar da esperança impassível
derradeira a morrer pois é mãe do tempo
colo do alento. do arrepio, o ventre.
dos passos é a cadência o compasso
é mapa de nuncas e de impossíveis
onde ninguém jamais teme o receio
e nunca mais nada se apaga nem esmorece.
dá-me, agora, na minha a tua mão
inquieta solta firme e evasiva.
vem polvilhar de comoção muros e ombros
vem partilhar teus dedos de água teus póros da pele
se chamarmos mão ao encantamento a que te entregas.
pela minha parte, amor, na palma da mão direita
a minha linha da vida continua à espera
da linha que ao darmos as mãos o nosso amor desenha.
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maria toscano.
Coimbra, (C)asa Verde, 10-11 Junho/2012.
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dá-me, agora, uma mão cheinha
uma mão inteirinha de consolo
plena, rasa de ondas pele e água
de revoadas das leves asas que guardas
as mesmas asas com que voas de madrugada.
dá-me, amor. agora. na minha mão
o dedilhar da ternura harmoniosa
o caminhar da esperança impassível
derradeira a morrer pois é mãe do tempo
colo do alento. do arrepio, o ventre.
dos passos é a cadência o compasso
é mapa de nuncas e de impossíveis
onde ninguém jamais teme o receio
e nunca mais nada se apaga nem esmorece.
dá-me, agora, na minha a tua mão
inquieta solta firme e evasiva.
vem polvilhar de comoção muros e ombros
vem partilhar teus dedos de água teus póros da pele
se chamarmos mão ao encantamento a que te entregas.
pela minha parte, amor, na palma da mão direita
a minha linha da vida continua à espera
da linha que ao darmos as mãos o nosso amor desenha.
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maria toscano.
Coimbra, (C)asa Verde, 10-11 Junho/2012.
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