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domingo, agosto 31, 2008

Dorival Caymmi, a morte aos 94 anos no passado dia 16

Legenda Biográfica - Dorival Caymmi (1914 - 2008)
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Nestas férias a música perdeu um dos seus belos criadores: Dorival Caymi. Natural do Estado da Bahia, no Nordeste do Brasil, Caymmi soube partir da tradição cultural da sua zona de origem para engrandecer e contribuir para o futuro da Música Brasileira e das canções cantadas em Português - quer por o seu primeiro sucesso ter sido sagrado em 1938 pela voz de Carmen Miranda, Portuguesa de Marco de Canaveses, quer por o mesmo sucesso se ter prolongado em mais de 20 discos, quando poucos ainda "tinham um disco".
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Quem ouviu bastas vezes - como eu - e, sobretudo, quem cantou as melodias graciosas mas, nem sempre fáceis, de Dorival (esse músico que se torna músico - para além de actor, pintor, jornalista... - ao aprender a tocar "violão" de ouvido), sentiu e sabe, bem, a doçura dos seus acordes e a magia dos seus coros.
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Senti-o nos anos 70; e nos anos 80 - quando cantei durante mais de um ano, com músicos amigos em bares de Lisboa, repertório excelente desta música popular do brasil. 
Senti-o depois, sempre que me pediam para "cantar só uma cantiga" e eu, sistematicamente, escolhia, como escolho: "Marina, morena Marina, você se pintou..."
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Sempre continuei a senti-lo.
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Porém, creio que, só agora, o começo a saber: "adeus, pois não posso esquecer, adeus".
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E como
"é preciso amar, porque/ só louco" 
nada mais importa: 
"Mas eu vou!..."
cantarolando-te, Amigo "Dórivau"!
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maria toscano, em Agosto/2008

Sem comentários:

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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