assaltada por credenciados turistas.
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cercaram-na de mapas para guardar. ilesos
de anotações e qualquer tinta.
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invejaram-lhe a resistência aos recuerdos
e às montras de ditos banais.
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cobiçaram-lhe a lisura de olhar e fala,
compasso olhando, ali, o longe.
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provocaram-lhe a indiferença impenetrável
ao voyeurismo
de marinas e outros cartões postais.
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dissimuladamente
mesmo antes de debandarem
morderam-lhe o cordão umbilical
de onde emana a grande memória. o desejar.
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depois, fugiram
acobardados com o falhanço
do intento desse assalto mal programado.
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a caminheira (que ali repousava)
da refrega só sentiu, por momentos,
o ar refrescando com a debandada.
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não percebeu porquê.
nem se interrogou.
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mais fresco e limpo, o ar
- todo o ar -
fez-lhe o sinal da confirmação.
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a caminheira que há em mim ergueu-se inteira.
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segue, ainda agora, a passo. em construção.
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maria toscano, Coimbra, 18 Agosto/2008
4 comentários:
Podes continuar, e sei que continuarás caminheira de anotações outras....
Trazes outros sinais e com eles te ergues ao Alto, olhando de frente...
Gostei de te ler e saber ida de sul a nordeste...
abraço amigo !
Zé marto
Bem Vindo! Oxalá esse caminho nos frutifique. Abraço!mt
Pois... eu vim logo a correr, para "ver" o que tu disseste, só
que dei de caras com este poema...
Uff! Excelente texto!...
vocêses tratam-me tão bem que ainda vou ter de moderar os V. comentários porque são... construtivos.
Exagerado, Vitor! Mas MUITO GRATA TE ESTOU PELA TUA VISITA! Abraço!mr
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