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servem-me, em salva de prata, os mais secretos pedidos:
um braço forte e/terno para de madrugada
uma face que encanta com sorrisos meninos
olhos doces cortantes de quem não pede nada
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mão hábil e robusta, de todo o tempo aliada
outra mão, de aconchego com gestos queridos
traços fundos de rugas na cara bela e tisnada
pulsos prenhos de audácia sem ilusão e sem perigos.
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nas colunas vibra a ária apaixonada.
o perfume que paira faz-nos ficar unidos.
algumas vozes falam sem dizer nada.
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reconheço, de novo, meus sentidos tão vivos.
chega-me, ainda, inteira, a palavra esperada:
servem-me, em salva de prata, os meus secretos pedidos.
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maria toscano.
Coimbra, 14 /Set. / 2004.
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