2.
tomo como meu o que
meu me é
não abro mão de nada
que me cabe
assumo acolho e acedo,
pela fé
e pela esperança ao
que só o Amor sabe.
guardo bem e
resguardo, cuido carinhosa
com inúmeros gestos,
palavras indizíveis.
a poesia que resiste
oculta na prosa.
cuido as bagas e
sementes impossíveis.
assim, de meus
pergaminhos zelosa
posso enfrentar o
inteiro dia-a-dia
e, inteira, fazer-me
de espada e rosa.
de pouco valem
justificações, rodeios
pois nada traz de
volta a onda passada
nem acalma o fulgor de
teu verso em meus seios.
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maria toscano.
praia da Tocha. a ver o oceano e na “Casa
do Castelo”. 6 Maio / 2012.
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aliás, tal gesto converge apenas
com as simples intenções do universo
ao mesmo tempo que o que gera emerge
no seu reverso também se assume o outono.
concertada com o mover incansável
e eu mesma incansável sem razão outra
do que o subtil impulso do viver
aceno com a infância ainda na mão
ao despedir-me do que deixa de ser
e, sem excepção, saúdo a todas as asas.
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3.
do mesmo modo que tomo também liberto
meus ombros de tarefas alheias velhas
disperso desmembro e alivio
a malha seca da urdida teia.
com as simples intenções do universo
ao mesmo tempo que o que gera emerge
no seu reverso também se assume o outono.
concertada com o mover incansável
e eu mesma incansável sem razão outra
do que o subtil impulso do viver
aceno com a infância ainda na mão
ao despedir-me do que deixa de ser
e, sem excepção, saúdo a todas as asas.
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maria toscano.
praia da Tocha. à beira-mar. 6 Maio / 2012.
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