um dia 2.
um dia,
quando aplacares teus medos,
virás
sentar-te aqui onde eu repouso
respirar
o mesmo perfume que exalo
e
exalar o mesmo ar que sou.
um dia,
destravado amor fora dos tempos,
quando
disseres adeus a esses teus medos
e se
ainda fores vivo, pois a morte te busca
e tu
fazes-lhe as ovações e implícitas honras
— “se te queres matar porque não te queres
matar” —
um
dia (dá-te tempo, dá-te lastro)
quem
sabe? vais saborear o que digo/sou.
entretanto,
eu não existo nessa moldura:
quer-me
a vida tensa, intensa amante doce
e
de
pé
nas
4 dimensões onde colho o prazer e o amor e alcançarei o infinito.
.
maria
toscano
Coimbra,
Julho / 2013
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