voz do sul, em sal moura./ espigas e oliveiras em campo maior./ mãos de avós, raízes e galgos sedentos de chuva./ tapete de luz./ calçada puída.// voz do sul: canto lunar da madrugada.
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quarta-feira, março 22, 2006
urdindo universos, margarida cepeda: DiaMundialPoesia2006
Dia Internacional da Poesia de 2006 - mt
porque respiro
.
.porque respiro
.por mis venas, aunque me cueste,
.porque camino
.errando, a veces, abriendo sendas
.porque sonrio
.de poca cosa hacia a el alma
.porque me callo
.cuando me ataca la fiebre negra
.porque los lloro
.a mis amores ya todos muertos
.porque conozco
.lágrimas en tantos.
tantos colores
.porque hesito
.ariesgo invento y me rebello
.siempre que nubens de envidia aceda
.creen seguirme
.porque sosiego a tus deseos
.y a tus miedos porque me enseñan
.la eternidad (sermonos aquí)
.y a desafiar arenas falsas
.rebozo de odios
.porque no ignoro
.lo que explota en este mundo
.porque admiro
.las venerables almas gigantes
.que escucho en versos
.violin piano y en carne humana
.porque entrego
.cada mano mía
.y lábio y ternuras
.porque con mis ojos oscuros
.miro infinitos
.salto cadenas y alcanzo el mar
.y sigo amando
.aunque nos cueste
.
.porque respiro
.aun por mis venas,
.hoy es el día que hice hoy
.mientras mañana
.en paso blanco
.he de volver a la poesía:
.mi vida. entera.
.
.
.eternamente.
.
.
maria toscano 21 mar 2006 ( 20:30h) Dia Internacional de la Poesía em Coimbra, Portugal
segunda-feira, março 20, 2006
rosa
Gabriela Rocha Martins - iniciática, rosa
.
a rosa iniciática
18 de Março de 2006
o verso agita-se / Na
.mão direita
.afinam-se os instrumentos
.Os poetas
.contemplam a noite Dos amantes
.restam.
.
.voos
.Sentados
.os corpos esperam
.a orquestra vestida a rigor
.O glamour das damas pavoneia as asas do pavão
.ferido de morte
.Silencia-se
.a contemplação das faces
.percorridas por libidinosos desejos
.Os dedos nas cordas dos instrumentos náuticos
.tocam o sopro do vento
.pianíssimo
.nas veias abertas
.das gitanas estrofes
.Tambores rufam
.no conforto das emboscadas africanas
.Moda
.São Carlos Paris Scalla Nova Ioque
.o coito da mulher
.( burka ou o casto
.amor )
.abafado
.no desassossego das coifas
.púbicas
.de velhas ninfas sonhadoras
.Fashion
.o poema do solista
.solto na partitura anorética
.o POETA
.louco
.
.
como cultivar a insensibilidade...
domingo, março 19, 2006
todo es amor
Todo es amor: lo dicho y lo callado;
.el impulso del núbil, sorprendido;
.la violeta escondida del olvido
.y el odio, que es amor sacrificado.
.La llama es un amor en sí abrasado;
.la ceniza un amor ya consumido
.pero viviente amor semidormido
.que esconde el germen húmedo al sembrado.
.Todo es amor: la paz, la guerra, el día,
.la noche, el sí que paga el bienamado
.y el no, que es la perfecta egolatría.
.La alegría es amor manifestado;
.la nostalgia amorosa melodía
.y la muerte el amor eternizado.
.
.Rogelio Echavarría, Colombiano
quinta-feira, março 16, 2006
Desejo de Verão - João Morgado
.
O teu corpo cheira a fruta madura,
liberta da folhagem, sem amarras,
tombada sem garras sobre o meu colo...pura!
.
No ar, apenas um gemido da árvore
abrindo o ventre em trabalhos de parto,
num carpido de amor, apaixonado,
num discreto rumor aconchegado.
.
Lentamente,
vou descascando-te com os dedos
e enquanto desbravo os íntimos segredos
sinto a tua polpa - quente - regar-me a mão.
.
O teu corpo... cheira a fruta madura
no meu desejo ardente,
no meu desejo quente de Verão!
.
João Morgado, In: Dordamor (no prelo)
terça-feira, março 14, 2006
quem amamos quando amamos... Fernando Pinto do Amaral
.
.
Onde está quem amamos quando amamos
outro corpo de fogo em movimento?
Pra que abismo corremos pra que enganos
quando as promessas são poeira ao vento?
.
.De que matéria alheia mal tentamos
fugir quando a verdade mora dentro
de alguém a cujo céu nos entregamos
numa noite de sonho e de tormento?
.
.Ainda somos humanos se traímos
por instinto um amor de tantos anos
e só àquele instante obedecemos?
.
.Ainda somos humanos? Ou seremos
a febre que há no sangue quando vimos
de súbito morrer num corpo e vamos
em busca do inferno que merecemos?
.
.Talvez por um momento então sejamos
sonâmbulos fantasmas do que fomos
reflectidos num espelho que não vemos
.
.Ou talvez nesse corpo descubramos
a memória da alma que perdemos
pra sempre no momento em que transpomos
a fronteira dos gestos quotidianos
e ao sabor de um desejo destruímos
todas as intenções todos os planos,
em nome dos prazeres mais supremos
na noite em que deixamos de ser donos
do nosso próprio corpo e abandonamos
angústias e remorsos e partimos
em busca da manhã que não sabemos
.
.Onde está quem amamos quando somos
mais do que humanos? Mais? Ou muito menos?
.
.Fernando Pinto do Amaral, Pena Suspensa
.
. (oferta do João Morgado)
sexta-feira, março 10, 2006
quarta-feira, março 08, 2006
8 de Março: Descoberta?
segunda-feira, março 06, 2006
quinta-feira, março 02, 2006
...é num corpo que ardo! - mt
«Que rompam as águas/É dum corpo que falo» Eugénio de Andrade
.
.Que o dia se acabe
.(é num corpo que ardo)!
.
.que o dia se acabe
.na curva da lua
.redonda, ciosa
.do cio do momento
.enquanto, angulosa,
.arde a eternidade
.no corpo em crosta
.da agora saudade
.que o dia se acabe
.na rosa lunar
.que os mastros se ergam
.e a Fala me fale
.que o riso sorria
.da borda da vida
.feita em miniatura
.vivida no ainda,
.no mesmo enquanto,
.na face sombria
.que brinda a desoras
.de ampla correria
.e jorra em sonhos
.de vida incumprida
.besta des-situada
.mal posto animal
.- escreveste, Poeta.
.que a corda se abra
.nos laços do nós.
.que a borla se franje
.que a meada cresça
.que a trança desove
.os olhos da esperança:
.faça-se A Memória
.da plena saudade
.aqui e agora
.viva-se a vitória
.do dia que acaba
.num corpo sem tarde.
.
.maria toscano, Coimbra, Jan.-Fev./2002
.In «Da CAL e Do ÍMAN - ou o nó na cintura de Ísis» , livro inédito
quarta-feira, março 01, 2006
toco tu boca... - do argentino J. Cortázar
Frida, Vital!
"La pintura formó parte de la lucha que Frida Kahlo sostuvo por la vida. También constituyó un aspecto muy importante del proceso de su 'autocreación'; la presentación teatral de sí misma, en su arte, como en su vida, era un medio de controlar su mundo. Mientras se recuperaba, recaía y se volvía a reestablecer, se inventaba siempre de nuevo. Creó a una persona que podía movilizarse y hacer maldades con la imaginación en lugar de con las piernas (...). Frida es la única persona que se dio a luz a sí misma. La lucha entre las dos Fridas, la muerta y la viva, se estaba llevando a cabo siempre dentro de ella".
.
Así lo explicaba Lola Álvarez Bravo, una de sus compañeras de escuela. Para Frida, sin embargo, ese momento fue de un aprendizaje definitivo... Todo el tiempo del mundo se aceleró para ella, envejeció en segundos y aprendió a habitar un planeta transparente como el hielo... ¿Qué son los espejos: reflejos de la realidad o proyectos de la imaginación..?
fonte: http://www.letralia.com/ed_let/frida/1.htm
(no rescaldo da Exposição de Frida Kahlo, no CCB - Lisboa, que tive a honra e o prazer de ver a 24 de Fevereiro/2006, com os Argentinos : a Poeta e Amiga Graciela Wencelblat e o, já Amigo, Eduardo Fridman)
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas ("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!