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quarta-feira, março 22, 2006

urdindo universos, margarida cepeda: DiaMundialPoesia2006

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urdindo universos
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.Margarida Cepêda, 2000
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.no Dia Internacional da Poesia de 2006
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Dia Internacional da Poesia de 2006 - mt

porque respiro

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.porque respiro

.por mis venas, aunque me cueste,

.porque camino

.errando, a veces, abriendo sendas

.porque sonrio

.de poca cosa hacia a el alma

.porque me callo

.cuando me ataca la fiebre negra

.porque los lloro

.a mis amores ya todos muertos

.porque conozco

.lágrimas en tantos.

tantos colores

.porque hesito

.ariesgo invento y me rebello

.siempre que nubens de envidia aceda

.creen seguirme

.porque sosiego a tus deseos

.y a tus miedos porque me enseñan

.la eternidad (sermonos aquí)

.y a desafiar arenas falsas

.rebozo de odios

.porque no ignoro

.lo que explota en este mundo

.porque admiro

.las venerables almas gigantes

.que escucho en versos

.violin piano y en carne humana

.porque entrego

.cada mano mía

.y lábio y ternuras

.porque con mis ojos oscuros

.miro infinitos

.salto cadenas y alcanzo el mar

.y sigo amando

.aunque nos cueste

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.porque respiro

.aun por mis venas,

.hoy es el día que hice hoy

.mientras mañana

.en paso blanco

.he de volver a la poesía:

.mi vida. entera.

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.eternamente.

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maria toscano 21 mar 2006 ( 20:30h) Dia Internacional de la Poesía em Coimbra, Portugal

segunda-feira, março 20, 2006

cuando...?

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cuando...?

cuando los ángeles pregunten... J J Mestre

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cuando los ángeles pregunten... J J Mestre Posted by Picasa

cuando los ángeles... J J Mestre

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cuando los ángeles... J J Mestre Posted by Picasa

rosa, talvez

Posted by Picasa

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rosa? talvezzzzzz .
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Rafal Olbinski, Polónia (1945- )
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rosa

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O Bater das Rosas
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.As rosas ardem
.nos olhos, nas mãos,
.no coração dos poetas -
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.Mas ser rosa
.dá-lhes esta condição:
.enquanto ardem,
.refrescam, lavam os olhos, as mãos,
.o coração dos poetas -
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.Há ainda outra razão
.para cultivarmos sua chama
.em nossas chácaras secretas:
.cada uma delas bate
.exactamente como bate
.o coração dos poetas.
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António Simões, inédito.
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Foto: Créditos: Pedro da Costa Pereira

Gabriela Rocha Martins - iniciática, rosa

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a rosa iniciática

18 de Março de 2006

o verso agita-se / Na

.mão direita

.afinam-se os instrumentos

.Os poetas

.contemplam a noite Dos amantes

.restam.

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.voos

.Sentados

.os corpos esperam

.a orquestra vestida a rigor

.O glamour das damas pavoneia as asas do pavão

.ferido de morte

.Silencia-se

.a contemplação das faces

.percorridas por libidinosos desejos

.Os dedos nas cordas dos instrumentos náuticos

.tocam o sopro do vento

.pianíssimo

.nas veias abertas

.das gitanas estrofes

.Tambores rufam

.no conforto das emboscadas africanas

.Moda

.São Carlos Paris Scalla Nova Ioque

.o coito da mulher

.( burka ou o casto

.amor )

.abafado

.no desassossego das coifas

.púbicas

.de velhas ninfas sonhadoras

.Fashion

.o poema do solista

.solto na partitura anorética

.o POETA

.louco

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. http://palaciodasvarandas.blogspot.com/

como cultivar a insensibilidade...

Saúde Mental - Por Rubem Alves . .
Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.
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Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei.
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Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakovski suicidou-se.
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Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.
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Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
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Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de dua s partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, " equipamento macio".
.O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades " espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.
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Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
.Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o qu e se estragou. Quando o problema está no software,entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços,escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.
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Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo,é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toc a e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção! Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou.
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Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware.
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Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra indicados. Já o rock pode ser tomado à vontade. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silv io Santos e do Gugu Liberato. Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram.
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. versão Original, em Português do Brasil,
. oferta de Graça Vasconcelos, via Merlim Teixeira:
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.mouradia: GraTos!

domingo, março 19, 2006

fidelio

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Rafal Olbinski
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Polónia (1945 - )

todo es amor

Todo es amor: lo dicho y lo callado;

.el impulso del núbil, sorprendido;

.la violeta escondida del olvido

.y el odio, que es amor sacrificado.

.La llama es un amor en sí abrasado;

.la ceniza un amor ya consumido

.pero viviente amor semidormido

.que esconde el germen húmedo al sembrado.

.Todo es amor: la paz, la guerra, el día,

.la noche, el sí que paga el bienamado

.y el no, que es la perfecta egolatría.

.La alegría es amor manifestado;

.la nostalgia amorosa melodía

.y la muerte el amor eternizado.

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.Rogelio Echavarría, Colombiano

. http://www.santarosadeosos.gov.co/rogelioechavarria.htm

quinta-feira, março 16, 2006

quero luz - Amarildo Oliv de Souza (Br.)

luzdesejoluz
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Desejo de Verão - João Morgado

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O teu corpo cheira a fruta madura,

liberta da folhagem, sem amarras,

tombada sem garras sobre o meu colo...pura!

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No ar, apenas um gemido da árvore

abrindo o ventre em trabalhos de parto,

num carpido de amor, apaixonado,

num discreto rumor aconchegado.

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Lentamente,

vou descascando-te com os dedos

e enquanto desbravo os íntimos segredos

sinto a tua polpa - quente - regar-me a mão.

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O teu corpo... cheira a fruta madura

no meu desejo ardente,

no meu desejo quente de Verão!

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João Morgado, In: Dordamor (no prelo)

terça-feira, março 14, 2006

quando amamos...

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quem amamos...

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quem amamos quando amamos... Fernando Pinto do Amaral

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Onde está quem amamos quando amamos

outro corpo de fogo em movimento?

Pra que abismo corremos pra que enganos

quando as promessas são poeira ao vento?

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.De que matéria alheia mal tentamos

fugir quando a verdade mora dentro

de alguém a cujo céu nos entregamos

numa noite de sonho e de tormento?

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.Ainda somos humanos se traímos

por instinto um amor de tantos anos

e só àquele instante obedecemos?

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.Ainda somos humanos? Ou seremos

a febre que há no sangue quando vimos

de súbito morrer num corpo e vamos

em busca do inferno que merecemos?

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.Talvez por um momento então sejamos

sonâmbulos fantasmas do que fomos

reflectidos num espelho que não vemos

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.Ou talvez nesse corpo descubramos

a memória da alma que perdemos

pra sempre no momento em que transpomos

a fronteira dos gestos quotidianos

e ao sabor de um desejo destruímos

todas as intenções todos os planos,

em nome dos prazeres mais supremos

na noite em que deixamos de ser donos

do nosso próprio corpo e abandonamos

angústias e remorsos e partimos

em busca da manhã que não sabemos

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.Onde está quem amamos quando somos

mais do que humanos? Mais? Ou muito menos?

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.Fernando Pinto do Amaral, Pena Suspensa

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. (oferta do João Morgado)

quarta-feira, março 08, 2006

segunda-feira, março 06, 2006

mapa do ano 2005

é

de

ver

com

OLHOS DE VER

http://msnbc.com/modules/yip05/ss.asp?nStartOn=1

mapa do estado da fome

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acto brutal de aMamentar na MI-SÉ-RI-A

mapa do estado das democracias

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.unidos venceremos ?!

mapa do estado da solidariedade

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.solidariedade pós-moderna

mapa do estado das mentes

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.pensamentoS

mapa do estado do mundo

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fonte desconhecida de responsabilidade ilimitada

quinta-feira, março 02, 2006

...é num corpo que ardo! - mt

«Que rompam as águas/É dum corpo que falo» Eugénio de Andrade

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.Que o dia se acabe

.(é num corpo que ardo)!

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.que o dia se acabe

.na curva da lua

.redonda, ciosa

.do cio do momento

.enquanto, angulosa,

.arde a eternidade

.no corpo em crosta

.da agora saudade

.que o dia se acabe

.na rosa lunar

.que os mastros se ergam

.e a Fala me fale

.que o riso sorria

.da borda da vida

.feita em miniatura

.vivida no ainda,

.no mesmo enquanto,

.na face sombria

.que brinda a desoras

.de ampla correria

.e jorra em sonhos

.de vida incumprida

.besta des-situada

.mal posto animal

.- escreveste, Poeta.

.que a corda se abra

.nos laços do nós.

.que a borla se franje

.que a meada cresça

.que a trança desove

.os olhos da esperança:

.faça-se A Memória

.da plena saudade

.aqui e agora

.viva-se a vitória

.do dia que acaba

.num corpo sem tarde.

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.maria toscano, Coimbra, Jan.-Fev./2002

.In «Da CAL e Do ÍMAN - ou o nó na cintura de Ísis» , livro inédito

quarta-feira, março 01, 2006

toco tu boca... - do argentino J. Cortázar

RECORDANDO FRIDA KAHLO, LA PINTORA, Clemente Arce
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.Toco tu boca, con un dedo toco el borde de tu boca, voy dibujándola como si saliera de mi mano,como si por primera vez mi boca se entreabrieray me basta cerrar los ojos para deshacerlo todo y recomenzar, hago nacer cada vez la boca que deseo, la boca que mi mano elige y te dibuja en la cara una boca elegida entre todas, con soberana libertad elegida por mì para dibujarla con mi mano en tu cara y que por un azar que no busco comprender coincide exactamente con tu boca que sonríe por debajo de la que mi mano te dibuja.
Me miras de cerca me miras cada vez màs de cerca y entonces jugamos al cìclope, nos miramos cada vez màs de cerca y los ojos se agrandan, se acercan entre sì se superponen y los cìcoples se miran, repirando confundidos, las bocas se encuentran y luchan tibiamente, mordiéndose con los labios, apoyando apenas la lengua en los dientes, jugando en sus recintos donde un aire pesado va y viene con un perfume viejo y un silencio . Entonces mis manos buscan hundirse en tu pelo,acariciar lentamente la profundidad de tu pelo mientras nos besamos como si tuvièramos la boca llena de flores o de peces, de movimientos vivos de fragancia oscura. Y si nos mordemos el dolor es dulce y si nos ahogamos en un breve y terrible absorver simultáneo del aliento, esa instantánea muerte es bella. Y hay una sola saliva y un solo sabor a fruta madura, y yo te siento temblar contra mì como una luna en el agua.
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"desde graciela" - Julio Cortázar
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Legenda Biográfica - Julio Cortázar (1914-1984)
Reconhecido Escritor Argentino (nascido na Bélgica, filho de argentinos, tendo o pai sido diplomata). 
Após os estudos -  de Professor (Primário, aos 18 anos; e Professor Normal em Letras, aos 21 anos), aos 37 anos abandona a Argentina (onde residia desde os 4 anos de idade) em ruptura com a Ditadura. 
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Desde então, assume publicamente a posição política de defesa da libertação da latina-américa face às ditaduras e muda-se para Paris (França) onde residirá e trabalhará como tradutor (Unesco) até morrer de leucemia. 
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Mestre do conto e do romance, salientam-se - da sua obra grande e diversificada que integra ensaio, análise literária, poesia e poesia dramática -  o romance conhecido como "Rayuela" - "O Jogo da Amarelinha (1963) - e os seus múltiplos livros de contos, desde 1951 até aos anos 80.
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Significativa do valor e impacto da sua Obra é a proliferação de documentários e de representações teatrais que os seus livros motivaram, a que se juntam mais de 20 películas cinematográficas a que os mesmos deram origem - como o exemplificam as realizações de "Blow-up" (1966, por Michelangelo Antonioni); "Week-end" (1967, por Jean-Luc Godard); "Monsieur Bébé" (1974, por Claude Chabrol), de entre outros cineastas de diferentes origens culturais como de escolas cinéfilas.
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maria toscano, Março/2006

Frida, Vital!

"La pintura formó parte de la lucha que Frida Kahlo sostuvo por la vida. También constituyó un aspecto muy importante del proceso de su 'autocreación'; la presentación teatral de sí misma, en su arte, como en su vida, era un medio de controlar su mundo. Mientras se recuperaba, recaía y se volvía a reestablecer, se inventaba siempre de nuevo. Creó a una persona que podía movilizarse y hacer maldades con la imaginación en lugar de con las piernas (...). Frida es la única persona que se dio a luz a sí misma. La lucha entre las dos Fridas, la muerta y la viva, se estaba llevando a cabo siempre dentro de ella".

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Así lo explicaba Lola Álvarez Bravo, una de sus compañeras de escuela. Para Frida, sin embargo, ese momento fue de un aprendizaje definitivo... Todo el tiempo del mundo se aceleró para ella, envejeció en segundos y aprendió a habitar un planeta transparente como el hielo... ¿Qué son los espejos: reflejos de la realidad o proyectos de la imaginación..?

fonte: http://www.letralia.com/ed_let/frida/1.htm

(no rescaldo da Exposição de Frida Kahlo, no CCB - Lisboa, que tive a honra e o prazer de ver a 24 de Fevereiro/2006, com os Argentinos : a Poeta e Amiga Graciela Wencelblat e o, já Amigo, Eduardo Fridman)

já de abalada? ande cá! corra a cuartina de riscas e sente-se aí no mocho (no canapé? é melhor nã, nã seja que as preguetas lhe dêem cabo da roupa).
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faz calôrê nã? é tempo dele! no cântaro hai água fresquinha! e se quiser entalar alguma coisaaaa... a asada das azeitonas está chêinha, no cesto hai bobinha e papo-secos (com essa chôriça... ou com o quêjo de cabra, iiiisso!, nessa seladêra de esmalte!);
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chegue-se à mesa! - cuidado não lhe rebole a melancia para cima dos dedos do péi... assim... - entã nã se está melhórê?
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nã, nã, agora nã vai máinada! estou a guardar-me pra logo... ora na houvera de sêri! ah! já lhe dê o chêro! pois é: alhos e coentros e um nadica de vinagrê... vem aí do alguidar de barro... sim, sã nas carnes prá cêa.
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como nã sê o que o trouxe cá, forastêro, ‘stêja nesta sulmouradia como à da sua: pode ir mirando os links ("do monte"; "olivais..."; "deste planAlto..."; estas é que são...") os montes de que gostamos; pode ir vendo os posts por data ou esprêtando as nossas etiquêtas
("portados"); ou pode ir passando os olhos só pelos mais recentes.
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ah! repare lá que por estes lados nã temos o hábito de editarê todos os dias - não é um blogue-diário, 'tá a vêri?; pensámo-lo antes como sendo uma espécie de blogue-testemunho das vozes do Sul (o de cá e os Suis todos); mas temos ainda muito qu'arengar... vamos lá chegando, n'éi? devagarê, que o sol quêma!
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